A publicação revela um detalhado plano de voo, segundo o qual Juan Carlos descolou pelas 10h00 da manhã desta sexta-feira de Vigo, na Galiza, para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O 'ABC' escreve que a viagem, de 6.038 quilómetros, demorou sete horas e 13 minutos e terminou no aeroporto Al Bateen, reservado a voos privados.

Dali o grupo de Juan Carlos terá ido de helicóptero para o luxuoso Hotel Emirates Palace, recinto de 850 mil metros quadrados que é propriedade do Governo dos Emirados Árabes Unidos.

Na segunda-feira, foi divulgada uma carta que Juan Carlos enviou ao seu filho Felipe VI, Rei de Espanha, na qual anunciou a sua decisão de se afastar de Espanha para ajudá-lo a “exercer as suas responsabilidades”.

Segundo a publicação, à hora que em era anunciada a notícia do exílio, o rei emérito já se encontraria no Emirates Palace Hotel, um luxuoso complexo com 850 mil metros quadrados de extensão e uma praia particular.

Recorde-se que foi esta a publicação que noticiou que o antigo monarca se encontrava na República Dominicana. No entanto, a Direção de Migrações da República Dominicana negou que o rei emérito de Espanha tenha entrado no país, “contrariamente” às alegações da imprensa espanhola.

O paradeiro de Juan Carlos tem feito correr muita tinta, tendo-se especulado que o rei emérito espanhol poderia ir viver para o Estoril, em Portugal, onde passou parte da juventude, ou estaria em Azeitão, na casa da família Brito e Cunha-Espírito Santo.

Nenhum dos destinos foi confirmado pela Casa Real, que até agora preferiu não revelar o paradeiro do monarca; será o próprio a tomar a decisão de o tornar público.

Juan Carlos viu-se envolvido numa investigação judicial, desde o verão de 2018, quando agentes da polícia suíça foram enviados por um juiz para analisar as contas de uma empresa gestora de fundos alegadamente ilegais em paraísos fiscais, onde o rei emérito tem investimentos pessoais.

O antigo rei de Espanha não está a ser investigado, mas fontes judiciais suíças já disseram que pode vir a sê-lo num futuro próximo, embora a lei exija que apenas o departamento fiscal do Supremo Tribunal possa assumir o caso.

A investigação está na fase que pode determinar se há indícios suficientes para poder acusar Juan Carlos de ter cometido algum delito, desde que deixou o trono. Os seus advogados já disseram que o rei emérito continuará a colaborar com a justiça, apesar da decisão de sair de Espanha para viver noutro país.

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