De acordo com a DGS, a bactéria 'legionella', detetada naquela unidade de saúde privada, infetou seis mulheres e um homem, que se encontram estáveis.

Em comunicado, a DGS diz ainda que as autoridades de saúde, em articulação com o Conselho de Administração do Hospital CUF Descobertas e em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, mantêm a necessária intervenção junto do hospital para assegurar o diagnóstico e tratamento dos doentes, o reforço da vigilância epidemiológica e ambiental e a aplicação das medidas necessárias para interromper a transmissão.

“As entidades envolvidas continuam a acompanhar a evolução da situação e a Direção-Geral da Saúde atualizará a informação sempre que necessário”, acrescenta a DGS.

O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, está já a contactar todos os doentes que estiveram internados entre os dias 06 e 26 deste mês para despistar eventuais casos.

Na segunda-feira, já tinham sido contactadas 160 das 800 pessoas que estiveram internadas naquela unidade de saúde no referido período.

O diretor clínico adjunto da instituição, Paulo Gomes, informou esta segunda-feira que o hospital, porque está a passar por um período de “hipervigilância”, com ajustes na desinfeção, é agora muito seguro para doentes e trabalhadores.

Na tarde ontem também o delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, tinha dito aos jornalistas que depois dos choques térmicos e químicos no hospital o “risco está imensamente diminuído” e que a situação é “muito mais segura”.

A bactéria “Legionella pneumophila” é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Chuveiros são a causa mais provável de surto na CUF Descobertas

Os chuveiros ou as torneiras são a origem mais provável do surto de 'legionella' no Hospital Cuf Descobertas, anunciou ontem a diretora-geral da Saúde. Segundo Graça Freitas, os chuveiros são a fonte mais provável do surto, ou as torneiras, embora estas sejam “menos prováveis”.

A diretora-geral admitiu aos jornalistas que um surto de 'legionella' com origem em chuveiros tem menor dimensão do que uma com origem em torres de refrigeração, como o que aconteceu no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. Isto porque as torres de refrigeração têm uma maior capacidade de disseminar partículas infetadas que podem ser inaladas por um maior número de pessoas.

Graça Freitas adiantou que todos os duches do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, estão encerrados por precaução, indicando que doentes e profissionais têm de decorrer a outras formas de higienização.

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