"E porque queremos que quem cá viva [no interior do país], tenha tão boas condições de vida aqui como quem vive nos grandes centros urbanos do litoral, [é] que nós assumimos o compromisso de descongelar a segunda fase do hospital da Guarda e arrancar com essa obra que é fundamental para o futuro desta cidade".
António Costa fez o anúncio no comício realizado hoje na Praça do Município, na cidade da Guarda, depois de falar do desenvolvimento da nova rede de comunicações 5G, que "simultaneamente se há de desenvolver, não só nos grandes centros urbanos mas também nos centros urbanos de média dimensão" que estruturam toda a "corda do interior do país".
"Porque nós é aqui [no interior] que temos que fazer o maior esforço de infraestruturas, para ser um território ainda mais atrativo para a fixação das populações", defendeu.
As obras da denominada segunda fase do Hospital Sousa Martins da Guarda incluem a reabilitação do edifício conhecido localmente por pavilhão 5, onde funcionaram as urgências até à abertura do novo bloco, em 2014.
O assunto tem preocupado políticos dos vários quadrantes, autarcas e movimentos de cidadãos.
Em junho de 2017 a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou que a candidatura das obras de requalificação do edifício 5 do Hospital Sousa Martins a fundos comunitários não foi aprovada, o que obrigava ao adiamento das obras.
Segundo uma nota da ULS da Guarda, presidida pela médica Isabel Coelho, a candidatura da obra de requalificação do edifício 5 do HSM, para a instalação do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, foi indeferida pela Comissão Diretiva do Programa Operacional do Centro, por não terem sido cumpridos os "critérios de elegibilidade da operação e do beneficiário previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro e no Aviso de Concurso".
Dos motivos invocados para a decisão, a nota realçava a "falta de evidência no cumprimento do despacho n.º 10.220/2014, publicado no DR [Diário da República] em 08 de agosto de 2014, através da apresentação da tutela e do parecer da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.".
A "falta de grau de maturidade do investimento a candidatar, comprovado através da apresentação do projeto de execução da empreitada aprovado pelo Conselho de Administração" da ULS e a "falta de sustentabilidade económico-financeira, assegurada após concessão do apoio", foram também motivos que estiveram na origem da rejeição da candidatura apresentada a fundos europeus.
O Conselho de Administração da ULS da Guarda anunciava que, "no mais curto prazo possível", tencionava "proceder à recandidatura da obra, depois de assegurados os devidos critérios de elegibilidade".
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