Em declarações à agência Lusa, Nuno Moita explicou que duas destas famílias, acompanhadas pelos serviços sociais da Câmara, foram realojadas em casas de familiares e uma outra na Santa Casa da Misericórdia.

“Os telhados levantaram e tornaram inabitáveis aquelas habitações. Há outros casos semelhantes, mas em anexos agrícolas”, disse.

Nuno Moita disse ainda que mais de metade deste concelho do distrito de Coimbra está sem energia elétrica.

“Vários equipamentos da Câmara também ficaram danificados e as piscinas municipais, neste momento, estão inutilizáveis”, referiu à Lusa.

Na Praça da República, acrescentou, várias árvores centenárias caíram – “o que dá perfeitamente a imagem da força do furacão” – e, felizmente, não há feridos a registar.

Na Zona Industrial, em Ega e Venda da Luísa, há também registo de prejuízos, sublinhou Nuno Moita.

A tempestade Leslie provocou 27 feridos ligeiros, 61 desalojados e quase 1.900 ocorrências comunicadas à Proteção Civil, de acordo com o balanço mais atualizado desta autoridade.

De acordo com o comandante Rui Laranjeira, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), todos os feridos apresentavam ferimentos ligeiros, ainda que tenham sido transportados a uma unidade de saúde parar receberem tratamento. A ANPC registou ainda três pessoas assistidas no local, que não necessitaram de ser levadas a unidades de saúde.

A tempestade fez ainda 61 desalojados, 57 dos quais no distrito de Coimbra, um em Leiria e três em Viseu.

Das 1.890 ocorrências registadas pela ANPC, 1.218 diziam respeito a quedas de árvores e 441 a quedas de estruturas, tendo o vento sido o fenómeno que causou maior número de ocorrências, segundo Rui Laranjeira.

De acordo com o comandante, o distrito de Coimbra foi o mais afetado, seguindo-se os de Aveiro, Leiria e Viseu.

No terreno estiveram 6.373 operacionais e 2.002 meios terrestres.

A maioria das estradas cortadas devido ao mau tempo já foi reaberta, indicou Rui Laranjeiro, destacando-se o IC2, o IP3 e a A1, na região de Coimbra.