Apesar das severas sanções internacionais, a Coreia do Norte está a intensificar os esforços para modernizar o exército e desde o início deste ano que tem testado armas proibidas por tratados internacionais.

Vestido com um uniforme militar branco, o líder norte-coreano participou num desfile de tanques, lançadores de foguetes e mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), na segunda-feira, em Pyongyang.

O desfile foi realizado no âmbito das comemorações do 90º aniversário do Exército Revolucionário do Povo Coreano.

“Continuaremos a tomar medidas para fortalecer e desenvolver as capacidades nucleares da nossa nação, em ritmo acelerado”, disse Kim Jong-un, cujos comentários foram divulgados pela agência de notícias norte-coreana KCNA.

As várias conversas diplomáticas destinadas a convencer o líder a desistir dos testes balísticos estão paralisadas desde 2019, após uma reunião entre Kim Jong-un e o então Presidente dos EUA, Donald Trump.

Na segunda-feira, o líder norte-coreano avisou que poderá utilizar o seu arsenal nuclear se os “interesses fundamentais” da Coreia do Norte forem ameaçados, acrescentando que os mísseis que estão a ser testados têm uma função dissuasora.

Imagens de satélite mostraram sinais de atividade num túnel no local de Punggye-ri, que a Coreia do Norte diz ter sido demolido em 2018 antes da primeira cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un.

Os comentários feitos esta semana pelo líder norte-coreano sobre armas nucleares têm em vista o novo Presidente eleito da Coreia do Sul, o conservador Yoon Suk-yeol, que assume o cargo em 10 de maio, de acordo com vários analistas.

Cheong Seong-chang, investigador sénior do Instituto Sejong, considera que Kim pode ter enviado uma mensagem codificada quando vestiu o seu uniforme branco com a estrela de marechal – a mais alta patente militar da Coreia.

“Simboliza a sua posição forte em relação ao futuro Governo de Yoon Suk-yeol, que identificou o Norte como o seu inimigo e disse que está a admitir desenvolver a capacidade de lançar ataques preventivos”, explicou o académico.

A Coreia do Norte anunciou em 25 de março que lançara no dia anterior, pela primeira vez, um “míssil gigante”, publicando fotos e vídeos em que Kim Jong-un aparece a supervisionar o teste, de forma muito estudada.

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