“Um ambiente que se caracteriza por uma oposição radical, extremista, agressiva no relacionamento que deveria ser um relacionamento institucional com os diversos níveis de poder e nas instituições da nossa região”, afirmou Vasco Cordeiro.

Vasco Cordeiro, que é também presidente do Governo dos Açores, falava aos jornalistas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, à margem da reunião do Secretariado Regional do PS/Açores.

Questionado se se estava a referir ao abandono por parte do PSD, CDS-PP, BE e PPM da Comissão de Economia do parlamento regional, o presidente do PS/Açores declarou que “este é um dos exemplos”, mas não o único.

“Quem acompanha, por exemplo, os plenários da Assembleia Legislativa Regional percebe aquilo que estou a referir”, adiantou, considerando que o combate político deve pautar-se por “um grande respeito institucional e por uma grande capacidade” de nunca se “perder de mente aquilo que é o essencial”, que não são os partidos políticos, mas “as açorianas e os açorianos”.

O dirigente socialista salientou que esta é a “postura que o Partido Socialista procura seguir”, acreditando que “todos os partidos políticos estarão interessados” em que a situação na Comissão Parlamentar de Economia “se reconduza à normalidade”.

“Espero que também este interregno agora que se vai viver possa contribuir para que seja possível, com toda a serenidade, com toda a tranquilidade, encontrar uma solução para esta situação que, simultaneamente, respeite aqueles que são os direitos individuais de cada um e o interesse coletivo, nomeadamente da nossa região”, acrescentou.

À pergunta se a presidente da Assembleia Legislativa Regional, Ana Luís, deveria ter tido uma palavra neste diferendo antes de o parlamento ir de férias, Vasco Cordeiro respondeu que direcionar para a presidente da assembleia esta questão não lhe parece o “essencial naquilo que são as razões em presença”, mas espera que todos possam contribuir para uma solução.

Os partidos da oposição abandonaram este mês a Comissão de Economia que, contudo, pode funcionar só com os sete deputados do PS.

A comissão é composta por 13 deputados com direito a voto (do PS, PSD, CDS-PP e BE) e um deputado, do PPM, sem direito a voto.

A decisão surgiu depois de o presidente desta comissão permanente, o socialista Miguel Costa, eleito pelo Pico, ter anunciado uma queixa-crime contra os partidos da oposição que o acusaram de abuso de poder e de mover influências junto da ex-administração da unidade de saúde desta ilha.

Sobre as eleições autárquicas, o presidente do PS/Açores explicou que o “grande objetivo” do partido é “definir bons projetos, boas soluções, boas medidas" para dar resposta aos desafios com que se confronta a população.

“Acreditamos que ultrapassámos com sucesso o desafio de ter boas lideranças e boas equipas”, adiantou, referindo que as candidaturas estão a trabalhar em ter bons projetos, sendo que o segundo objetivo é o PS “ser capaz de explicar às pessoas o mérito dessas propostas” e, nesse sentido, a esperança de que, “reconhecendo esse mérito”, o partido possa ter a confiança do eleitorado.

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