“Estou constantemente à espera que esteja configurada uma constelação adequada de relacionamentos no mundo. Assim que isso acontecer, vou proclamar a independência”, disse Dodik ao canal local Una TV.
O líder sérvio bósnio, que proclama há anos a ameaça de rutura, assegurou que não teme as pressões ocidentais porque, disse, tem o apoio da Rússia, China, Turquia e Hungria.
A Constituição bósnia de 1995, acordada no final dos três anos de guerra civil, estabeleceu no Estado da Bósnia-Herzegovina duas entidades autónomas – a República da Sérvia e a Federação comum de muçulmanos e croatas.
A presidência colegial tripartida tem sido integrada por um bosníaco (muçulmano), um sérvio e um croata, mas desde sempre revelou grandes dificuldades de funcionamento devido às persistentes divergências internas.
Desde há meses que os partidos políticos croatas e bosníacos tentam, sem sucesso, negociar uma reforma eleitoral, sob os auspícios da União Europeia e Estados Unidos. A última ronda destas conversações, em março passado, terminou sem resultados.
Os croatas bósnios exigem um método que permita eleger o seu membro “legítimo” da presidência, enquanto os bosníacos têm alertado contra o reforço das divisões e do ‘apartheid’ do país.
Na mesma entrevista, o líder sérvio bósnio adiantou que vai reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, em setembro, e discutirá a construção de um gasoduto da Sérvia para o transporte de gás russo, face aos planos da Federação de importar esse combustível a partir da Croácia, membro da União Europeia.
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