Em comunicado, a LADDH acusa as autoridades argelinas de “implacabilidade contínua […] que toma, com esta última decisão, uma proporção de extrema gravidade”.

Esta organização não governamental (ONG) lamenta a decisão de dissolução sem o seu conhecimento e afirma que foi declarada “culpada por lidar com direitos humanos”.

A LADDH considera que, como outras organizações, “paga” pelo “compromisso com a democracia, as liberdades e os direitos humanos”, segundo o comunicado de imprensa publicado em francês no seu ‘site’.

“Quanto a outras organizações, a questão do cumprimento da lei sobre as associações sempre foi bloqueada e instrumentalizada pelos poderes públicos”, refere.

Na sexta-feira, a LADDH disse ter tomado conhecimento através de um documento anónimo publicado nas redes sociais que tinha sido dissolvida por decisão judicial de 29 de setembro e que iria verificar essa informação, que foi confirmada este domingo pela própria ONG.

Esta dissolução resulta de um pedido do Ministério do Interior ao tribunal administrativo de Argel em 04 de maio. O tribunal decidiu em 29 de junho a favor deste pedido.

Segundo a LADDH, a organização em nenhum momento foi informada sobre este processo em curso.

A justiça da Argélia, país da África do Norte, acusa esta ONG de “trabalhar a questão dos direitos humanos com outras entidades e organizações internacionalmente reconhecidas […] fazer campanha pelos direitos dos migrantes, pelos direitos dos trabalhadores”, o que a LADDH considera “revoltante”.