A denúncia foi feita hoje pelo deputado Paulo Estêvão, do PPM, numa conferência de imprensa na sede do parlamento açoriano.
Segundo o deputado, o problema deve-se às dificuldades no transporte de mercadorias para a mais pequena ilha dos Açores, que se arrastam deste o furacão que atravessou o arquipélago na madrugada do dia 02 de outubro.
"Nos próximos dias, esta empresa irá proceder a despedimentos", advertiu o parlamentar monárquico, lembrando que "esta situação irá afetar um conjunto de oito trabalhadores", número que considerou "muito significativo" para uma ilha como o Corvo, onde residem apenas cerca de 460 pessoas.
A dificuldade no transporte de mercadorias para as ilhas das Flores e do Corvo resulta dos estragos provocados pelo furacão, que destruiu o porto comercial das Flores, impedindo, desde então, a operação de navios porta-contentores, que abasteciam o Grupo Ocidental - ilhas das Flores e Corvo - antes do "Lorenzo".
"Há dois meses e tal que estamos a pedir que essa mercadoria seja transportada (...) para que esta empresa possa continuar a desempenhar a sua atividade na ilha", insistiu Paulo Estêvão, lamentando que o Governo Regional, que até já se reuniu com os empresários locais, não tenha tido ainda capacidade para resolver o problema.
O deputado do PPM disse que vai aproveitar a deslocação à ilha do Corvo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (que anunciou recentemente que vai passar o ano na ilha açoriana), para tentar pressioná-lo a ajudar a resolver o problema.
"O senhor Presidente da República pode ter aqui um papel importante para resolver problemas. Não é só afetos! É também a oportunidade de ter um papel a desempenhar nesta atividade", explicou Paulo Estêvão.
O parlamentar monárquico disse também que muitas das mercadorias que atualmente chegam à ilha do Corvo estão incompletas, sem que os transitários expliquem porquê.
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