Nas cerimónias para assinalar os 80 anos da operação militar do que ficou para a história como Dia D – que levou à libertação de França do regime nazi e foi decisivo para a vitória aliada da Segunda Guerra Mundial -, participarão, entre outros, os Presidentes norte-americano, Joe Biden, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa demonstração de unidade com a guerra russa na Ucrânia em pano de fundo.

“Sei que o nosso país tem uma juventude (…) pronta para fazer os mesmos sacrifícios que os seus antepassados”, declarou Macron, numa primeira homenagem em Plumelec, na Bretanha, oeste de França, aos combatentes bretões e primeiros paraquedistas da França livre pertencentes às forças especiais britânicas.

“Numa época de perigos crescentes, [eles] recordam-nos que estamos dispostos a fazer os mesmos sacrifícios para defender o que nos é mais caro: a nossa terra, França, e os nossos valores republicanos”, sublinhou, dirigindo-se às unidades de elite representadas.

O Desembarque na Normandia, organizado no maior secretismo pelos norte-americanos, os britânicos e os homens do general De Gaulle, abriria o caminho para a derrota da Alemanha nazi no segundo conflito mundial (1939-1945).

Foi em Plumelec que “caiu o primeiro soldado francês do desembarque do Dia D”, o cabo Emile Bouétard, que tinha ido para Inglaterra, recordou Emmanuel Macron.

Os veteranos ainda vivos estarão no centro das atenções naquele que será, devido à sua idade, o último grande evento em que provavelmente poderão participar.

À Normandia, já chegaram dezenas de veteranos norte-americanos, canadianos e britânicos, alguns dos quais participantes no “Dia Mais Longo”.

Durante a tarde, o chefe de Estado francês deslocar-se-á a Saint-Lô, onde proferirá um discurso sobre as vítimas civis dos bombardeamentos aliados.

Noventa por cento da cidade, designada pelo escritor irlandês Samuel Beckett como “Capital das ruínas”, foram destruídos na noite de 06 para 07 de junho.

No total, esses bombardeamentos aliados fizeram entre 50.000 e 70.000 vítimas civis.

Hoje à noite, ainda na Normandia, Macron prestará homenagem aos presos na cadeia de Caen, na maioria membros da Resistência, que foram fuzilados pelos alemães durante o desembarque aliado.