Macron transmitiu ao presidente iraniano a sua "enérgica condenação" pelo envio de mísseis balísticos do Irão para a Rússia e advertiu-o sobre o contínuo apoio da República Islâmica do Irão à guerra de agressão da Rússia na Ucrânia.

Os dois líderes reuniram-se à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York, num momento em que a comunidade internacional teme uma "guerra generalizada" no Oriente Médio, conforme anunciou o Eliseu.

Além disso, Macron solicitou a Pezeshkian a libertação "imediata" de três cidadãos franceses detidos em prisões iranianas.

Macron já havia conversado em duas ocasiões durante o verão boreal com Pezeshkian a propósito da escalada militar entre aliados do Irão, de um lado, e Israel, do outro.

A 7 de agosto, Macron pediu ao presidente iraniano que se "afaste da lógica de represálias" e  que "fizesse tudo o possível para evitar uma nova escalada militar" na região, após o assassinato do líder político do grupo islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão.

A 29 de julho, o presidente francês já havia solicitado ao Irão que "cessasse o seu apoio a atores desestabilizadores".

A escalada atingiu novos patamares nos últimos dias no Líbano, onde os ataques israelitas contra o movimento islamista Hezbollah, apoiado pelo Irão e aliado do Hamas, causaram mais de 550 mortes na segunda-feira.

O presidente iraniano afirmou esta terça-feira que o Hezbollah "não pode enfrentar Israel sozinho", país que, segundo ele, está "defendido, apoiado e abastecido por países ocidentais".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, principal defensor militar de Israel, enfatizou na ONU que "uma guerra generalizada não beneficia ninguém".

A pedido de França, uma reunião urgente do Conselho de Segurança sobre a crise será realizada esta quarta-feira.