“É impossível falar de governação sem escolher entre unilateralismo e multilateralismo. Eu sou pelo multilateralismo, porque acredito que o multilateralismo é a única forma de resolver problemas no mundo”, disse.

O Presidente falou da importância da sociedade civil neste processo, afirmando que “uma sociedade civil mais forte” é indissociável de “instituições internacionais duradouras” e defendeu a importância de reforçar a ONU e a União Europeia (UE).

Questionado sobre que reformas são necessárias por um dos alunos na audiência, o Presidente português explicou que, na ONU, o Conselho de Segurança “não corresponde à realidade hoje”, ao não ter na sua composição permanente nem África, nem a América Latina, nem a Índia.

Quanto à UE, Marcelo citou o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM), afirmando que “sem isso, haverá sempre crises” e uma “política comum, ainda que mínima, sobre migrações e refugiados”, frisando que ambas “exigem convicções europeias e ideais europeus”.

Recuperando a defesa do multilateralismo, o presidente concluiu afirmando que “as instituições internacionais precisam de reformas, mas não podem nunca ser esquecidas ou substituídas”.

O Fórum de Paz de Paris, que conclui as celebrações do centenário do Armistício, reuniu 60 chefes de Estado e 30 organizações internacionais para discutir ideias para a segurança global.