Em declarações aos jornalistas à chegada a São Tomé, onde hoje começa uma visita de Estado de três dias, o Presidente referiu que lhe foi comunicado hoje pela delegação do PSD a intenção saída do congresso daquele partido de “procurar convergências” com os diversos partidos “em domínios considerados importantes porque estruturais”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, foi-lhe perguntado da sua disponibilidade para “acompanhar de forma empenhada esse esforço” e “a resposta só podia ser uma”.
“Pois se eu ando há dois anos a apelar a esse estado de espírito, é porque sem dúvida o Presidente da República considera que é útil para Portugal que se procure domínios, primeiro que se apure quais são os domínios, e, dentro dos domínios, se procure formas de diálogo entre os vários partidos”, disse.
O ex-vice-presidente do PSD Nuno Morais Sarmento pediu no sábado, durante o congresso do partido, ao Presidente da República que apoie e patrocine pactos de regime para fazer as reformas importantes no país.
“Os partidos terão de ter a sensibilidade de, falando entre si, descobrir por onde começar, qual é o método que vão adotar para trabalhar em conjunto e qual é o calendário e isso para já é uma iniciativa dos partidos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia hoje uma visita de Estado de três dias a São Tomé e Príncipe com encontros oficiais e com cooperantes portugueses na agenda.
À chegada, esta madrugada, a São Tomé, o chefe de Estado defendeu a necessidade de ir "mais longe" na cooperação com o país africano lusófono, considerando-o "prioritário para Portugal.
De acordo com o programa da visita, o chefe de Estado, tem previsto um encontro com o seu homólogo são-tomense, Evaristo Carvalho, com o presidente da Assembleia da República, José da Graça Diogo, e com o primeiro-ministro, Patrice Trovoada.
Ainda no primeiro dia de visita, Marcelo Rebelo de Sousa almoça na Embaixada de Portugal com representantes de Organizações Não Governamentais (ONG) portuguesas que trabalham no país e participa depois na sessão de abertura do Fórum Económico luso-são-tomense, no Centro Cultural Português.
O Presidente vai ainda a bordo do navio de patrulha português Zaire, que vai ficar em São Tomé e Príncipe durante um ano, com uma tripulação de 38 militares, dos quais uma parte fuzileiros, para capacitar a guarda costeira são-tomense na fiscalização das águas do país.
O primeiro dia da visita de Marcelo Rebelo de Sousa termina com um jantar oficial oferecido por Evaristo Carvalho.
Na quarta-feira, o Presidente inaugura a Escola Portuguesa de São Tomé, que já está a funcionar há um ano, mas ainda não foi oficialmente inaugurada, e visita a Universidade de São Tomé e Príncipe, onde responde a perguntas dos alunos.
À tarde, em Neves, a cerca de 30 quilómetros da capital, Marcelo visita a Obra das Irmãs Franciscanas, liderada pela irmã Lúcia, uma portuguesa. Durante esta visita, vai ser inaugurado um centro desportivo oferecido pelo Sport Lisboa e Benfica.
O último dia da visita, na quinta-feira, prevê uma deslocação à ilha do Príncipe, onde, além dos encontros oficiais com as autoridades locais, Marcelo Rebelo de Sousa visita o Parque da Biodiversidade e a Roça Sundy, nomeadamente o local onde foi realizada a experiência que comprovou a teoria da relatividade em Einstein, realizada a 29 de maio de 1919 pelo astrónomo britânico Arthur Eddington.
São Tomé e Príncipe será o quinto país lusófono a que Marcelo Rebelo de Sousa se desloca desde que tomou posse, em março de 2016, depois de Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Angola.
Dessas deslocações, duas foram visitas de Estado, a Moçambique e a Cabo Verde, realizadas em maio de 2016 e abril de 2017, respetivamente.
O último Presidente português a realizar uma visita de Estado a São Tomé e Príncipe foi Jorge Sampaio, em 2000.
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