Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o objetivo das reuniões de hoje é ouvir os parceiros sobre "o que é que é importante fazer económica e socialmente em Portugal" e perceber se "há acordo, não há acordo, onde é que há acordo, onde é que não há", a pensar nos próximos três ou quatro anos.

"Não vamos discutir o Orçamento deste ano, o Orçamento do ano que vem, o que se passa daqui a um mês, ou dois ou três. Vamos olhar para o fim da legislatura, 2019, ou até para além dele, 2020", declarou o chefe de Estado aos jornalistas, após ter inaugurado a sede de uma associação empresarial, em Lisboa.

O Presidente da República disse que a agenda em debate "é muito mais vasta" do que o salário mínimo nacional, "é o diálogo social", num momento em que "há um novo presidente do Conselho Económico e Social (CES)", o antigo ministro da Saúde socialista António Correia de Campos.

"Portanto, começa um novo ciclo na vida do CES e agora trata-se, como defendi há pouco, de pensar o país a médio prazo", acrescentou.

Antes, numa intervenção durante a inauguração da nova sede da GS1 Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o país precisa de "investimento com inovação" e de "diálogo social" e que ambos "têm de ser pensados a médio prazo".

"Se formos capazes disso, independentemente depois de quem é Presidente da República ou Governo em cada instante, nós estamos a construir um grande país", considerou.

Sobre o pensamento a médio prazo, declarou: "Agora que está garantido que há estabilidade política e social, é fundamental deixar de pensar no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte. Pensar a médio prazo, pensar a 2019 ou 2020, é muito importante".

"Nesse pensamento a médio prazo precisamos agora de levar mais longe aquelas pistas que estão abertas de investimento com inovação", prosseguiu.

O Presidente da República aproveitou a presença do secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, para o felicitar pela realização da Web Summit, que qualificou de "grande sucesso nacional".

Quanto à GS1, entidade que introduziu os códigos de barras em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa apontou-a como "um exemplo de inovação ligada a investimento" e "um exemplo daquilo que há de melhor no mundo".