Em declarações aos jornalistas no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, antes de assistir ao concerto comemorativo do 28º aniversário da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o que será preciso fazer para sensibilizar os jovens para não adotarem comportamentos de risco, como as recentes festas.

“A questão aplica-se aos jovens - eu falei nos jovens porque eles podem ser um bom exemplo -, mas aplica-se a todos. Na medida em que for necessário, se for muito necessário, terá de se aplicar medidas proporcionais ao que é necessário”, respondeu.

De acordo com o Presidente da República, esta é a “fase de tentar apelar e dissuadir”.

“Mas é evidente que se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades ou áreas de freguesias ou haja necessidade de tomar medidas mais duras em termos de intervenção das autoridades para impedir ajuntamentos e para responsabilizar por ajuntamentos, multiplicam-se as participações ao Ministério Público e as pessoas percebem - os jovens e não jovens - percebem que começam a ter um problema grave em cima dos seus ombros”, avisou.

Na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa todos percebem que se está a fazer “uma abertura com cuidado, com cautela para não prejudicar a generalidade dos portugueses”.

“Se há minorias, qualquer que seja a idade, que criam problemas à generalidade dos portugueses e não cumprem as regras, terá de se aplicar as regras e o rigor será tanto maior quanto mais for a necessidade de ser rigoroso”, considerou.

Marcelo apoia o que for preciso fazer para “impedir o descontrolo” em Lisboa

Questionado pelos jornalistas sobre que restrições podem vir a ser implementadas para a região de Lisboa, para impedir o aumento de contágios de covid-19, o chefe de Estado pediu para esperar.

“Esperem pela reunião de amanhã. Amanhã [segunda-feira] há uma reunião envolvendo o senhor primeiro-ministro, que preside, a senhora ministra da Saúde, a senhora diretora-geral da Saúde, os autarcas, eles vão certamente dizer aquilo que se passa e aquilo que entendem que é necessário”, afirmou.

Na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa, “se for entendido necessário, as autoridades sanitárias tomarão as medidas adequadas e se for necessário o poder político tomará medidas adequadas”.

“Aquilo que o Governo entender na base da posição dos autarcas e, sobretudo, do juízo das autoridades sanitárias que deve ser feito, eu acompanho atentamente e só posso apoiar aquilo que for necessário fazer para impedir o descontrolo de um processo que tem vindo a ser cuidadosamente controlado”, defendeu.

(Notícia atualizada às 18:51)