Marcelo falou aos portugueses que estavam reunidos no Liceu do Norte, em Wiltz, cidade a cerca de 65 quilómetros da capital luxemburguesa, depois de ter participado na missa e na 50.ª peregrinação a Nossa Senhora de Fátima.

O Presidente agradeceu ao Grão-duque do Luxemburgo, Henrique, a forma como o recebeu, mas logo se dirigiu, em português, à comunidade que o aguardava, depois de ter assistido ao concerto de David Carreira.

Marcelo referiu que “Portugal está a mudar e está a mudar para melhor dentro e fora das nossas fronteiras”, disse, pedindo depois aplausos para os portugueses na Venezuela e no Brasil, países que estão a enfrentar crises.

Dirigindo-se aos portugueses no Luxemburgo, considerou que “Portugal não seria o que é” sem o seu contributo, “nem o Luxemburgo seria o mesmo sem os portugueses”.

Mas fez questão de mandar “um abraço especial” aos portugueses naturais de Celorico de Basto, terra das suas origens.

E mais uma vez repetiu o apelo para que os portugueses de recenseiem para votar nas eleições locais luxemburguesas, como fez ao longo de toda a visita e recordou a promessa que fez esta manhã de que voltaria o Luxemburgo “até ao fim do ano” se o número de inscritos subir 10.000, quando atualmente estão recenseados 17.000.

Marcelo saudou ainda a presença na peregrinação dos “irmãos” que vieram de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, “países que falam português”.

O Presidente sugeriu ainda que o Luxemburgo se torne membro observador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por ser um país “onde se fala tanto português”.

“Por mais anos que viva nunca esquecerei este dia, não esquecerei a peregrinação, a homenagem feita a Fátima, este ano que recebemos em Fátima o papa Francisco e em que comemoramos os 100 anos das aparições”, disse.

Quando terminou o discurso do Presidente, os portugueses gritaram “Marcelo, Marcelo”, como o mesmo entusiasmo que minutos antes gritaram “David, David”.

Por seu lado, o Grão-duque, que raramente fala em público sem ser em cerimónias oficiais dirigiu-se aos portugueses para lhes dizer que está “impressionado com o trabalho que fazem” no Luxemburgo

“Sem vocês não teríamos conseguido construir o nosso país, isso posso assegurar-vos, vocês trouxeram o sol, o bom humor e o calor humanos e estamos muito reconhecidos por isso”, disse.

O Grão-Duque também mereceu vivas dos portugueses que estavam no Liceu do Norte e que gritaram “Henry, Henry”.

Depois da parte oficial, Marcelo passou as barreiras de segurança e esteve quase duas horas a distribuir beijos e a tirar ‘selfies’ entre a multidão, para desespero dos seguranças luxemburgueses.

Uma portuguesa saiu do meio da multidão e desabafou, desanimada por não ter chegado ao Presidente: “é escusado, não se consegue”.

Marcelo partiu depois para Madrid, onde vai inaugurar, juntamente com os reis de Espanha, a Feira do Livro, que este ano tem Portugal como país convidado.

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