O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que vai ser operado a uma "pequena hérnia inguinal" antes do Natal. "Vou operar agora, atendendo que para o ano tenho grandes deslocações, entre elas, a mais longa e a mais exigente, a Timor Leste pelos 20 anos da independência".
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas durante uma visita à feira de solidariedade Rastrillo, no Centro de Congressos de Lisboa, adiantou que terá "aí oito a dez dias de recuperação da intervenção cirúrgica", o que significa que "as festas do Natal serão reduzidas ao mínimo".
"Embora esteja muito bem e, por mim, viveria com esta hérnia, é prudente evitar que ela [hérnia] estrangule por por pequenina que seja e imediatamente antes do Natal farei uma pequena intervenção", disse aos jornalistas o Presidente da República, adiantando que já tem o agendamento feito para a operação e que, "em principio será no Hospital das Forças Armadas", por ser "Comandante Supremo das Forças Armadas".
"Deve ser no setor público, como foi da última vez. Desta vez, no setor público militar, e não civil. Ainda não está marcado o dia, mas deve ser próximo do Natal", acrescentou.
Recorde-se que desde que Marcelo foi eleito Presidente já foi submetido a duas intervenções. No início de novembro, no site da Presidência da República, informava-se que Marcelo Rebelo de Sousa tinha feito exames médicos "do foro cardiológico" que "confirmaram a estabilidade e os bons resultados da angioplastia coronária feita há dois anos", quando o Presidente foi operado de urgência a uma hérnia umbilical, no dia 28 de dezembro de 2018, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, o que o obrigou a cancelar toda a sua agenda até ao final desse ano e a abrandar o ritmo nas semanas seguintes.
Em 30 de outubro de 2019, foi submetido a um cateterismo cardíaco, desta vez de forma programada, no Hospital de Santa Cruz, em Oeiras.
Segundo a equipa médica, o cateterismo confirmou "a existência de obstruções coronárias importantes que foram tratadas no mesmo procedimento, com sucesso e sem complicações".
À saída do hospital, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a melhoria do seu estado clínico constituía agora "um fator positivo na ponderação" sobre uma recandidatura.
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