"A caminho de Bruxelas para discussões urgentes sobre como reduzir as tensões com o Irão", escreveu Hunt numa mensagem publicada no Twitter.
O ministro britânico participa hoje numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na capital belga.
"A sua abordagem (do Irão) para o Médio Oriente tem sido profundamente desestabilizadora, mas queremos reduzir as tensões (…) sobre (o petroleiro) Grace 1 e evitar uma região nuclearizada", acrescentou Jeremy Hunt.
"No entanto, um acordo é um acordo e se um dos lados o rompe ...", disse Hunt, referindo-se ao acordo nuclear iraniano de 2015, do qual o Reino Unido é um dos signatários.
As tensões na região do Golfo Pérsico têm vindo a agravar-se desde que os Estados Unidos se retiraram em maio de 2018 do acordo nuclear de 2015 e restabeleceram pesadas sanções contra Teerão.
Fragilizado desde então, o acordo é ainda mais ameaçado pelos anúncios de Teerão, que, em resposta à retirada dos EUA, começaram, gradualmente, a deixar de cumprir alguns dos seus compromissos, nomeadamente em relação ao enriquecimento de urânio (acima dos níveis determinados no acordo).
O Grace 1 é um petroleiro iraniano apresado a 04 de julho pela polícia de Gibraltar, auxiliado por um destacamento de fuzileiros navais britânicos, fora do território britânico localizado no extremo sul da Espanha.
Os britânicos suspeitam que o petróleo iria para a Síria, violando as sanções europeias contra o regime de Bashar al-Assad.
Teerão desmentiu tal versão e denunciou o incidente como um ato de "pirataria".
No sábado, Hunt disse que o navio será devolvido se o Irão fornecer "garantias do seu destino".
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