De um lado, estiveram os professores da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) a exigir respeito e a chamar a atenção para “atrasos, adiamentos e passividade do Ministério da Educação”, enquanto do lado do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) era pedida a demissão do ministro da Educação.

“Não se compreende a demora na saída dos resultados dos concursos e do procedimento concursal da mobilidade por doença”, lê-se num documento que o secretário-geral adjunto da Fenprof, Francisco Gonçalves, entregou esta manhã a João Costa.

Entre as preocupações da Fenprof está também “o problema da década: a falta de professores qualificados”, para a qual consideram que não está a ser feito “nada de estrutural”.

“Tudo aquilo que tem sido anunciado pelo ministro da Educação ou é manifestamente insuficiente ou vai sendo adiado”, disse Francisco Gonçalves aos jornalistas.

Sobre a reunião de hoje, de João Costa com os diretores de escolas e agrupamentos, considerou que “pode por em causa, pelo seu caráter tardio, o arranque do próximo ano letivo”.

Os representantes do Stop cantaram “Está na hora de ir embora” para receberem João Costa, enquanto lhe mostraram lenços brancos.

João Rodrigues, associado do Stop, destacou que a organização sindical marcará “sempre presença” em todos os locais onde puder reivindicar os direitos de todos os profissionais que trabalham em escolas.

Segundo João Rodrigues, o ministro da Educação “não reúne condições para se manter com a pasta”, pois “não ouve as escolas”.

João Costa está hoje a realizar reuniões cíclicas com diretores de escolas e agrupamentos.

De manhã reuniu-se em Coimbra com escolas e agrupamentos do Norte e Centro, enquanto à tarde estará em Santarém, para reunir com diretores de escolas e agrupamentos de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Estas reuniões servem para preparar o ano letivo 2023-2024.