“Vou enviar ofício à presidente do STF [Supremo Tribunal Federal] frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele tribunal e de outro”, anunciou Flávio Dino no Twitter, um dia depois da sua cerimónia de tomada de posse como novo ministro da Justiça brasileiro.

“São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes, etc.”, acrescentou.

Estas declarações acontecem um dia depois de o juiz do STF Luis Barroso ter sido hostilizado no Aeroporto Internacional de Miami.

Cidadãos brasileiros que iriam viajar no mesmo voo disseram ofensas e gritaram para o juiz sair do voo. Agentes da polícia tiveram de se deslocar ao local para apaziguar a situação.

Em novembro, dias depois da vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro, vários juízes, incluindo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luis Barroso, foram ofendidos por ‘bolsonaristas’ ao longo do dia em Nova Iorque, em vários lugares, como à porta dos seus hotéis, enquanto passeavam pelas ruas da cidade, ou mesmo em restaurantes, como mostram vídeos partilhados nas redes sociais.

Luis Barroso acabou por reagir às provocações dizendo “perdeu Mané, não amola”, frase esta que se tornou depois famosa entre os apoiantes de Lula da Silva para provocar ‘bolsonaristas’ que se recusam a reconhecer a derrota.

Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) tomou posse no domingo e é o primeiro chefe de Estado a ter três mandatos na história recente do Brasil. Candidato seis vezes à Presidência da República do Brasil, foi o primeiro líder operário a chegar ao posto mais importante do comando político do país.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.