Na sede das Nações Unidas, Ágio Pereira, ministro-adjunto do Primeiro-Ministro para a Delimitação das Fronteiras , recordou que as “negociações foram duras" e "não eram supostas serem fáceis”, mas considerou que no “final foram um sucesso”.

O ministro-adjunto garantiu que “Timor-Leste é um forte crente no direito internacional” afirmando ainda que “este acordo estabelece os direitos e responsabilidades de Timor-Leste e da Austrália enquanto estados soberanos”.

O tratado, cujos contornos exatos ainda não são conhecidos, coloca a linha de fronteira na posição defendida por Timor-Leste, ou seja, equidistante dos dois países, como Díli sempre reivindicou.

Uma linha que a administração colonial portuguesa, os ocupantes indonésios e os dirigentes timorenses desde sempre defenderam que deveria ser colocada onde agora vai ficar e que formaliza a posse de recursos que, até aqui, Timor-Leste teve de dividir com Camberra.

No final da declaração, Ágio Pereira disse ainda estar convencido que um acordo sobre o gasoduto Greater Sunrise pode ser alcançado.

“Esperamos continuar as negociações sobre [o gasoduto] Greater Sunrise”, declarou.