“A Moldova será realmente forte e capaz de defender os seus cidadãos apenas na família dos países europeus”, disse Sandu, num discurso feito ao ar livre no centro da capital do país, Chisinau, segundo informação dos meios de comunicação locais.
Sandu, antiga funcionária do Banco Mundial, realçou que “a Moldova só poderá manter e fortalecer a sua democracia na UE” e o mesmo se aplica para garantir a prosperidade dos cidadãos.
Em junho, a Moldova recebeu, juntamente com a Ucrânia, o estatuto de país candidato à entrada na UE, o que Sandu considerou, nessa altura, como “a luz ao fim do túnel”.
Hoje, a presidente da Moldova sublinhou que está consciente de que os habitantes da Moldova estão a sofrer devido ao aumento dos preços e à situação na Ucrânia, mas disse que o Estado ajudará “todos os que precisam” e tudo fará para “superar sem sobressaltos a época de inverno”.
A chefe de Estado da Moldova fez parte do seu discurso em russo para dirigir-se à população russófona, a quem pediu o seu apoio, mesmo que falem outra língua e tenham uma visão de vida diferente: “Todos queremos viver num mundo livre , em paz, tranquilidade e bem-estar”.
A este respeito, o ex-presidente da Moldova, Igor Dodon, aliado do Kremlin (Rússia) que foi detido, alertou que o acesso do país à UE oculta a sua conversão numa colónia, referindo-se às suspeitas dos pró-russos de que Sandu pretende integrar a Moldova na vizinha Roménia, país com quem partilha a língua, a cultura e a história.
Além disso, Sandu condenou a “operação militar especial” russa na Ucrânia, para onde viajou em junho para expressar o seu apoio ao líder do país, Volodymyr Zelensky.
“A guerra injusta da Rússia contra a Ucrânia mostra-nos claramente o preço da liberdade”, afirmou a presidente da Moldova.
Recentemente, Sandu felicitou os ucranianos pelo Dia da Independência e assegurou que o país vizinho “está do seu lado”.
“No Dia da Independência da Ucrânia admiramos a coragem e a resistência dos ucranianos, defensores do seu lar e lutadores pela liberdade, independência e democracia”, escreveu a líder europeísta, numa mensagem no ‘Twitter’.
A Moldova foi um dos países que recebeu mais refugiados ucranianos per capita, com o acolhimento de cerca de 80.000 desde fevereiro, o que o colocou numa situação económica difícil, a que se junta as tensões com a república separatista pró-russa da Transnístria.
Sandu considerou “exemplar” a ajuda dos moldovos aos refugiados ucranianos e defendeu que os seus concidadãos deverão mobilizar-se igualmente para conseguir a entrada na UE.
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