“Regista-se em todo o perímetro fortes reativações que, associadas à intensidade do vento, tomam de imediato grandes proporções”, continuava a informar a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), no ‘site’ oficial na Internet, às 17:45 de hoje.

Nesta altura, eram 1.218 os operacionais no combate ao fogo, auxiliados por 363 meios terrestres e 14 meios aéreos, dos quais três aviões ‘Canadair’ espanhóis.

A lavrar na zona do barlavento algarvio, o incêndio deflagrou cerca das 13:30 de sexta-feira, na localidade de Perna da Negra, no concelho de Monchique, e queimou já 17.400 hectares nestes cinco dias, de acordo com o sistema de emergência da União Europeia.

  • Desde sexta-feira até hoje, foram assistidas neste fogo florestal 79 pessoas e registados 30 feridos, um dos quais em estado grave;
  • De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, há várias casas de primeira habitação destruídas pelo fogo. Apesar de não ter sido feita ainda uma contabilização oficial, o autarca apontou para mais de duas dezenas de casas consumidas pelas chamas;
  • Num ponto de situação feito esta manhã na vila de Monchique, o comandante operacional distrital, Vítor Vaz Pinto, afirmou que “a previsão meteorológica vai continuar desfavorável”, com vento intenso, que dificulta a atuação dos meios aéreos, e temperaturas a rondar os 35 graus durante o dia. Ainda assim, haverá uma subida da humidade relativa;
  • Este incêndio provocou danos em pelo menos 40 quilómetros de linha da EDP, permanecendo, ao final da tarde, cinco localidades no concelho de Monchique sem abastecimento de energia elétrica.
  • Segundo a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio, mais de 30 quilómetros de linha de baixa tensão ficaram danificados e outros cerca de 10 quilómetros de linha de média tensão foram igualmente afetados pelo fogo na zona de Monchique;
  • Fonte da Altice Portugal informou, ainda, que se “mantém atenta à operacionalidade da rede SIRESP” (utilizada pelas forças de segurança e socorro), que “até ao momento se encontra operacional e sem falhas relevantes”;
  • “Nem o Governo, nem os proprietários, nem ninguém tomou, propriamente, grandes medidas de limpeza da floresta em Monchique”, disse à agência Lusa José Miguel Cardoso Pereira, investigador no Centro de Estudos Florestais (CEF) do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa.

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