"Sou candidato a Primeiro Ministro, mas antes disso sou um cidadão como qualquer outro". Assim começou a intervenção de Luís Montenegro, que acrescenta que a denuncia anónima "suscitará muitas dúvidas acerca do seu propósito", para depois dizer que não se irá queixar disso. Até porque "não vacila um segundo" e confia "em absoluto na justiça". "Ainda bem que a Justiça vai tomar posição". E deixa o aviso "não me pronuncio até ao fim do caso".

O Presidente do PSD convocou os jornalistas para dizer, acima de tudo, que tem um processo "totalmente blindado" e que não teve tratamento diferente do que qualquer outro cidadão teria num caso semelhante. "Cada cêntimo que investi nas obras da casa da minha família foi pago pelo meu trabalho e da minha mulher." E acrescenta que não recebeu benefícios fiscais ou favores.

"Não há nada anormal neste processo", acrescentando que tem todos os documentos e que não deve nada a ninguém, nem teme nada. Luís Montenegro mostra-se ainda disponível para fornecer essa documentação às autoridades.

Em resposta aos jornalistas diz que que não é agradável estar há um ano sem uma conclusão sobre este assunto, mas que esta "é a melhor oportunidade para ver esta situação clarificada e resolvida. Que este inquérito possa de uma vez por todas deixar esta situação encerrada". E independentemente do que está a acontecer acredita que em março receberá mandato de confiança.

Em causa está o inquérito que o Ministério Público do Porto abriu  aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho do líder do PSD, Luís Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima.