José Falcão disse à Lusa que os episódios terão acontecido pelo menos duas vezes na quarta-feira (almoço e jantar), quando algumas famílias de etnia cigana viram a sua entrada no restaurante ser proibida, e na sexta-feira, quando ao telefone um cigano que tentava reservar mesa foi informado de que não valia a pena, porque não poderia entrar no estabelecimento.

De acordo com a queixa enviada pela SOS Racismo à CICDR, “no dia 03 de maio, dois casais com um bebé de colo, dirigiram-se ao Restaurante Marisqueira Queda de Água, em Odivelas” e “quando tentaram entrar foram barrados pelo empregado” que os informou de que “não serviam ciganos”, por “ordens da administração”.

Dois dos visados chamaram a polícia, que tomou conta da ocorrência, e apresentaram queixas no livro de reclamações.

No mesmo dia, pelas 19:30, outros dois casais com quatro filhos e um outro familiar, que já teriam reservado mesas com uma semana de antecedência, também não puderam jantar, “com o mesmo argumento: a casa não servia ciganos”, refere a mesma queixa.

“Cientes dos seus direitos e do crime que estava a ser cometido, também chamaram a polícia e escreveram três queixas no Livro de Reclamações”, acrescenta.

Segundo a SOS Racismo, também outro cigano tentou reservar mesa para seis pessoas por telefone, tendo sido questionado sobre se era de etnia cigana e avisado de que seria escusado marcar, porque depois não poderia entrar no restaurante.

A SOS racismo juntou à queixa escrita uma cópia do áudio da conversa telefónica.

A Lusa contactou a administração do restaurante, mas até ao momento não obteve uma posição.

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