Faltam dez dias para o Natal. Este ano, além da habitual lista de prendas, é necessário ter uma lista de regras a cumprir para que a pandemia não venha trazer um sabor amargo a uma época habitualmente doce.
Para ajudar a definir os passos a seguir, Rui Portugal, subdiretor-geral da Saúde, deixou dez pontos para a quadra festiva que se aproxima:
1. Cumprir as regras em vigor nestes dias, em termos de mobilidade e restrições de ajuntamentos:
Nas noites de 24 e 25 de dezembro será proibido circular na via pública a partir das 02:00 nos concelhos de risco elevado, muito elevado e extremo.
No dia 26 de dezembro, um sábado, a proibição de circulação na via pública nos concelhos de risco muito elevado e extremamente elevado inicia-se às 23:00.
Proibidos ajuntamentos na via pública com mais de seis pessoas.
2. Quem tiver sintomas deve ficar em isolamento, cumprindo as regras estipuladas;
3. Reduzir os contactos antes da quadra festiva e durante esse mesmo período;
4. Em todos os contactos durante esta quadra, deve-se reduzir todo o tempo de exposição;
5. Reduzir os contactos com o núcleo familiar, ao contrário do que costuma acontecer nos outros anos;
6. Limitar as celebrações e os contactos nesta quadra festiva ao agregado familiar. Contactos com os outros membros devem acontecer "por meios digitais, computador ou telemóvel, por visitas rápidas no quintal de uns e de outros, no patamar das escadas do prédio, com uma troca simbólica [com distanciamento] de uma compota que um fez";
7. Respeitar o distanciamento físico e ter atenção às cozinhas, espaço de fácil propagação do vírus;
8. Os espaços utilizados devem ser arejados e de maior volume, por conferirem maior proteção;
9. Cumprir a etiqueta respiratória, usar máscara e desinfetar as mãos;
10. Evitar a partilha de objetos comuns, como talheres ou copos, bem como ter em atenção "uma utilização moderada e racional de tudo o que possam ser substâncias que possam trazer maiores afetividades".
Além destas regras, Rui Portugal referiu que este Natal é para ser vivido com "criatividade", além de toda a segurança necessária. Desta forma, "não é obrigatório que o Natal se comemore, neste país, na ceia de Natal. Pode comemorar-se, por um momento de exceção, num almoço de Natal, na véspera do dia de Natal. Não há nada que o impeça", sugeriu.
Por outro lado, no que diz respeito às visitas aos lares, a solução também está à vista, com um exemplo bem específico: os netos podem fazer um "desenho especial para a avó" e a avó pode oferecer "um presente especial" desde que haja distanciamento físico, essencial para travar a propagação do vírus. "Teremos maior apetência para fazer visitas nessas instituições, mas será aconselhável que as visitas sejam feitas com toda a segurança. Não significa que tenhamos de estar afastados", referiu o subdiretor-geral da Saúde.
Afinal, "distanciamento físico não significa afastamento familiar ou social". Num Natal diferente, nem tudo tem de mudar.
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