Esta figura da extrema-direita norte-americana, que já havia em julho declarado falência da sua empresa Free Speech Systems, enviou um pedido nesse sentido a um tribunal de falências localizado no Texas, após ter sido condenado a pagar cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) por teorias de conspiração que espalhou sobre o massacre na escola de Sandy Hook.
Jones e outros colaboradores da sua empresa afirmam há anos que a tragédia, que matou 20 crianças e seis funcionários da escola, foi encenada.
Na declaração de falência, apresentada a um tribunal do Texas, o locutor estima o valor dos seus ativos entre um milhão e dez milhões de dólares (entre 950 mil euros e 9,5 milhões de euros), enquanto as suas dívidas estariam entre mil milhões e 10 mil milhões de dólares, informa a CNN.
Se o tribunal aprovar, o procedimento congelará seus bens e impedirá a apreensão dos mesmos.
Chris Mattei, um dos advogados das famílias de Sandy Hook, criticou hoje o pedido de falência.
“Como qualquer outro movimento covarde que Alex Jones fez, esta falência não funcionará”, disse Mattei em comunicado.
“O sistema de falências não protege ninguém que se envolva em ataques intencionais e flagrantes a outros, como fez Jones. O sistema judicial americano responsabilizará Alex Jones e nunca pararemos de trabalhar para fazer cumprir o veredicto do júri”, acrescentou.
Em 2012, um jovem armado com uma arma semiautomática matou 20 crianças e seis adultos na Escola Sandy Hook em Newton, Connecticut. Alex Jones havia, contra todas as evidências, afirmado no seu ‘site’ Infowars que o massacre foi apenas uma encenação liderada por opositores de armas de fogo e que os pais enlutados eram “atores”.
Em tribunal, familiares das vítimas testemunharam que foram ameaçados e assediados durante anos por pessoas que acreditaram nas mentiras contadas no programa de Jones.
Um pai testemunhou que os teóricos da conspiração urinaram no túmulo do seu filho de sete anos e ameaçaram desenterrar o caixão.
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