Jorge Silva afirmou que essas são algumas das propostas em cima da mesa na discussão que começou na quinta-feira com uma reunião com a secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso.
Os notários propõem-se assumir várias tarefas novas atualmente a cargo de outros serviços judiciais e consideram que a digitalização de serviços para evitar deslocações é uma prioridade, salientou.
Com uma "escritura pública eletrónica", os notários poderiam prestar serviços a pessoas em pontos diferentes do país e até no estrangeiro com os intervenientes a identificarem-se com a certidão digital dos seus cartões de cidadão.
Propõem-se ainda ser os notários a legalizar documentos como procurações e contratos enviados para o estrangeiro, um serviço que atualmente é feito pelo Ministério Público, apesar de as procurações e contratos serem elaborados nos notários.
A lógica é tornar mais rápidos os serviços e oferecer mais alternativas aos cidadãos, aproveitando uma rede que é de gestão privada, mas já faz serviço público, referiu.
Os notários, através da Ordem, pagaram uma plataforma digital que já está criada e pronta a utilizar, indicou, acrescentando que com "um investimento reduzido" poderão assumir as novas tarefas, que compensarão e criarão mais postos de trabalho.
Governo e Ordem vão reunir-se novamente este mês, representados por grupos de trabalho.
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