"Posso afirmar categoricamente que não existe nenhuma transação relacionada com o grupo da Lone Star. Isso é garantido. Tal como disse António Ramalho [presidente executivo do Novo Banco], que demitir-se-ia quando encontrasse uma, se os senhores encontrarem uma, eu vou para casa. Garanto que não há", disse hoje Volkert Reig aos deputados.
O presidente da GNB Real Estate foi hoje ouvido em audição na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
O gestor de vários fundos imobiliários do Novo Banco disse ainda aos deputados que não há diferença de tratamento entre os ativos que fazem parte do Acordo de Capitalização Contingente (CCA), mecanismo através do qual o Novo Banco recorre ao Fundo de Resolução para compensar perdas, e os restantes não incluídos.
"A indicação que nós temos, com gestores, ou assessores do banco, é que há que tratar os ativos, estejam cobertos pelo CCA ou não, da mesma forma", disse o responsável.
Numa audição que decorreu com recurso a tradução simultânea do espanhol, Volkert Reig deu o exemplo que, no caso da carteira de crédito malparado Viriato, "na lista de Excel onde aparecem as 13 mil linhas de ativos, não aparece identificado quais são os ativos CCA e quais não são ativos CCA".
Volkert Reig, que também é assalariado da Hudson Advisors, uma empresa que trabalha há várias décadas com a Lone Star e que tem um contrato de assessoria com o Novo Banco para gestão de ativos, rejeitou também quaisquer conflitos de interesses pela relação entre as entidades.
O responsável frisou que a Hudson é uma parte relacionada e "passou pelo escrutínio especial que têm as transações" desse tipo, tendo também o seu papel sido "aprovado pelos reguladores" e acionistas.
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