Nas últimas 24 horas foram identificados 189.849 novas infeções e 203 mortes, contra 189.213 casos e 332 óbitos na quinta-feira.
Nos últimos sete dias, entre 25 e 31 de dezembro, a média diária foi de 150.258 casos e de 110 mortes, o que corresponde a uma subida de 48,7% no número de infeções e uma descida de 5,3% no número de mortes relativamente aos sete dias anteriores.
A aceleração dos contágios atribuída à variante Ómicron está a atingir os profissionais de saúde, cujas ausências por infeção ou contacto de risco duplicaram num mês em Inglaterra, de 12.000 no final de novembro para mais de 24.000 a 26 de dezembro.
Outros serviços públicos, como transportes e bombeiros, também estão a ser afetados.
Essa falta de funcionários acontece quando o número de pacientes hospitalizados com covid-19 atingiu 11.898 na quarta-feira, o nível mais alto desde o início de março passado e um aumento de 40% numa semana.
De acordo com as últimas estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (ONS na sigla inglesa) com base numa amostra da população, 2,3 milhões de pessoas foram infetadas na semana passada.
Isso representa em 1 em 25 pessoas na Inglaterra, contra 1 em 45 pessoas na semana passada, e 1 em 15 pessoas em Londres.
Ao contrário das autoridades da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o Governo britânico decidiu não impor mais restrições até o Ano Novo em Inglaterra, deixando discotecas e bares abertos e apelando à “cautela”.
Embora não tenha sido imposta uma proibição formal para impedir que os escoceses atravessem a fronteira para festejar o Ano Novo, o vice-primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, avisou que viajar seria a “linha de conduta errada”.
Numa mensagem de Ano Novo, o primeiro-ministro, Boris Johnson, reivindicou o feito de ter sido disponibilizada vacinação de reforço a todos os adultos até ao final de dezembro, embora só cerca de 70% tenham realmente sido inoculadas.
Salientando que a situação atual está “incomparavelmente melhor do que no ano passado” graças à vacinação, o líder conservador incentivou a população a vacinar-se, uma resolução de Ano Novo “muito mais fácil de cumprir do que perder peso ou manter um diário”, afirmou.
Embora os números de óbitos e de pacientes nos cuidados intensivos se mantenham estáveis, o aumento no número de hospitalizações é preocupante, pelo que os serviços de saúde anunciaram preparativos para montar estruturas provisórias com centenas de camas adicionais no caso de emergência.
Um representante dos hospitais britânicos, Chris Hopson, disse ao jornal The Times que “o facto de não haver um número significativo de idosos gravemente doentes (entre as hospitalizações) é muito tranquilizador”, alertando no entanto que isto pode mudar após as férias de Natal.
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