“Para o CDS é muito importante garantirmos que as pensões mais baixas também são aumentadas”, afirmou Assunção Cristas, defendendo um aumento “das pensões mínimas sociais e rurais em linha com o aumento que o Governo propõe para as pensões que vêm a seguir”.

No entender do CDS, “tudo o que puder ser um acrescento a estas pensões mais baixas é positivo”, mas na perspetiva de Assunção Cristas “não há nenhuma razão para ficar aquém do aumento de quatro euros reais”, ou seja, os “dez euros que tem sido anunciado pelo Governo” em relação às pensões entre os 275 e 628,33 euros.

“Pensões de 200, ou de 201 euros, ou de 238 euros não terem um aumento na mesma linha é pouco”, afirmou, ressalvando no entanto que o facto de o Governo admitir aumentar também de forma extraordinária as pensões até 275 euros “já mostra um sinal de abertura”.

Recordando que o aumento das pensões mínimas em linha com as restantes pensões "foi a primeira proposta de alteração” ao Orçamento do Estado para 2017 apresentada pelo CDS, Assunção Cristas disse esperar que “haja espaço” para a sua viabilização.

A líder centrista falava em Alcobaça à margem da 18.ª Mostra Internacional de Doces e Licores.

Em causa está o eventual aumento extraordinário para as pensões mínimas não contributivas até 275 euros, que não consta da proposta inicial de Orçamento do Estado para 2017.

O executivo de António Costa avançou já para o aumento extraordinário de 10 euros, em agosto próximo, nas pensões de entre 275 e 628,33 euros, além da atualização normal com referência à taxa de inflação (0,7%), a partir de janeiro.

O OE2017 já foi aprovado na generalidade por PS, BE, PCP e PEV, a abstenção do PAN e votos contra de PSD e CDS-PP.