"Eu nunca defino linhas vermelhas. Procuro sempre encontrar linhas verdes para o caminho que há a seguir. E, como diz a canção do Jorge Palma, enquanto há caminho para andar vamos continuar a caminhar", afirmou António Costa aos jornalistas, à saída do Panteão Nacional, em Lisboa.
Questionado se acredita que a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022 será viabilizada, o primeiro-ministro reiterou que confia "na racionalidade das pessoas".
"A única coisa racional é viabilizarmos um Orçamento e podermos prosseguir esta trajetória de recuperação", defendeu. "O que seria absolutamente irracional era, depois de um drama terrível que temos vindo a viver com a pandemia, juntarmos agora dramas políticos. Depois da terrível crise económica que tivemos, criar agora uma crise política. Isso não seria racional", acrescentou.
Segundo o primeiro-ministro, "não é fácil, mas também não foi fácil no ano passado" chegar a um entendimento.
"O que é preciso é razoabilidade, bom senso, sentido de equilíbrio. E é isso que nos tem permitido melhorar muito a situação do país", considerou.
António Costa declarou que o Governo tem "toda a abertura" para "discutir outros temas extra orçamentais, que têm sido colocados por outros partidos, que não têm propriamente a ver com o Orçamento, mas que têm a ver com o estatuto do SNS, que têm a ver com a agenda do trabalho digno".
"Temos toda a disponibilidade para o fazer, e é por isso que está na agenda das negociações e que o Conselho de Ministros aprovará na quinta-feira para debate público", assinalou.
O primeiro-ministro, que falava no final da cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional ao antigo cônsul português Aristides de Sousa Mendes, adiantou que, antes ou depois de regressar do Conselho Europeu em Bruxelas, irá também reunir-se com PEV e PAN.
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