Luís Montenegro falava aos jornalistas no fim de uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, na sede do Conselho Económico e Social, em Lisboa.
Questionado se em matéria de contas públicas há falta de reservas e se o Governo encontrou o diabo, respondeu: "Não vale a pena inventar diabo na cabeça de ninguém".
"Sobre a situação financeira, já tive ocasião de dizer e posso reiterar: o que sucede é o seguinte: nós no final do primeiro trimestre do ano temos défice nas contas públicas. E já tive ocasião de referir que o nosso objetivo é chegar ao fim do ano e ter contas públicas positivas", acrescentou.
"A minha convicção e do Governo é que vamos alcançar esse objetivo. Portanto, não estamos assustados com isso, mas não vamos é esconder uma realidade que é objetiva", concluiu o primeiro-ministro.
Luís Montenegro reiterou que o anterior Governo do PS deixou "uma situação financeira que não é exatamente aquela que foi propalada", pelo "volume de despesa no primeiro trimestre do ano", considerando que "os portugueses têm direito a saber a verdade".
"É só isso. Se vamos com isto inverter os nossos objetivos políticos, se vamos com isto prejudicar os nossos compromissos eleitorais? Não, não vamos", ressalvou.
Interrogado se o Governo pretende fazer alguma alteração ao Programa de Estabilidade em função da situação orçamental a que se tem referido nos últimos dias, o primeiro-ministro respondeu: "Neste momento, não".
"Nós teremos, no próximo mês de setembro, à luz das novas regras orçamentais da União Europeia, de apresentar a projeção de estabilidade para os próximos anos", realçou.
Comentários