“Anunciamos importantes designações de governo com o objetivo de responder à emergência humanitária complexa e exercer a pressão necessária para conseguir que cesse a usurpação [do poder por parte de Madutro]”, disse Guaidó.

Juan Guaidó falava em Caracas, durante a apresentação do “Plano País Infraestrutura”, na Universidade Metropolitana.

O líder opositor explicou que o presidente do partido Vontade Popular, Leopoldo López, será o responsável presidencial para o centro de governo.

Economista e político, Leopoldo López refugiou-se na residência do embaixador de Espanha, Jesus Silva, depois de violar a prisão domiciliará e aparecer numa autoestrada de Caracas, em 30 de maio último, em apoio a um grupo de militares que se pronunciaram contra o Presidente venezuelano.

Juan Guaidó precisou que Júlio Borges (do partido Primeiro Justiça), atualmente na Colômbia, onde pediu asilo, será o encarregado das relações exteriores, para “continuar a aumentar a pressão diplomática e financeira contra a ditadura, e responder à diáspora” venezuelana.

Já Alegandro Plaz será o comissário para o desenvolvimento económico e terá a missão de coordenar a estratégia para a recuperação económica, produtiva e de superação da pobreza, enquanto Javier Troconis tem a “pasta” da gestão dos ativos da Venezuela no estrangeiro. Ao advogado Humberto Prado, do Observatório Venezuelano de Prisões, cabe os direitos humanos e atenção às vítimas.

Estes responsáveis juntam-se a 40 representantes diplomáticos que foram designados pelo líder opositor nos últimos meses.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro último, depois de o presidente do parlamento, Juan Guaidó, jurar assumir as funções de presidente interino do país.

Desde 2015 que mais de quatro milhões de venezuelanos abandonaram a Venezuela escapando da crise.