Dos dois lados da fronteira, o setor alerta que “não é possível continuar a pescar menos e sobreviver” e esta é uma das razões do encontro, adiantou, em declarações à agência Lusa, Humberto Jorge, presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca (ANOP) do Cerco, anfitriã do encontro, no distrito de Leiria.

O setor não aceita que as possibilidades de pesca para 2019, que ainda não foram definidas pelos governos dos dois países, sejam inferiores às de 2018, tendo em conta que os relatórios dos navios científicos para observar o estado do recurso demonstram que há melhoria nos ‘stocks’ de sardinha.

“Precisamos urgentemente, porque o recurso o demonstra, de pescar um pouco mais para repor os nossos rendimentos e diminuir os sacrifícios” que o setor tem vindo a fazer nos últimos cinco anos de crise, com reduções da quota anual de capturas de sardinha para os dois países.

A ANOP Cerco avançou que vão estar representadas cerca de 15 organizações espanholas, associadas da Organização de Produtores de Pesca e da Associação de Armadores do Cerco da Comunidade Autónoma da Galiza e da Federação Andaluza de Confrarias de Pescadores.

Do lado de Portugal, vão estar presentes dez organizações, oito das quais são associadas da ANOP Cerco: Vianapesca (de Viana do Castelo), Apropesca (Póvoa do Varzim), Propeixe (Matosinhos), Centro Litoral (Figueira da Foz), Opcentro (Peniche), Sesibal (Sesimbra, Setúbal e Sines), Barlapescas (Portimão) e Olhãopesca (Olhão).

Desde setembro de 2018 que os pescadores de Portugal e Espanha estão sem poder pescar sardinha, situação que se vai prolongar até maio.

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