“Temos a intenção de nos associarmos, da mesma forma que fizeram com a Alemanha, no projeto Patriot”, referiu o governante na Casa Branca, acrescentando que também falou com o chanceler alemão Olaf Scholz “esta manhã” sobre o mesmo assunto.
Mark Rutte citou as “imagens terríveis” de um prédio destruído por um ataque russo no sábado em Dnipro, garantindo que esta ofensiva “reforça ainda mais determinação em apoiar a Ucrânia”.
Joe Biden saudou o anúncio do primeiro-ministro neerlandês e denunciou as ações russas, que classificou como “inadmissíveis”.
Os Estados Unidos anunciaram no final de dezembro o fornecimento de um sistema de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, durante a visita do Presidente Volodymyr Zelesnky à capital norte-americana.
Berlim também já tinha concordado em entregar um desses sistemas, de fabrico norte-americano, em 05 de janeiro.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou na segunda-feira que Kiev vai receber mais armas pesadas dos seus aliados ocidentais “num futuro próximo”, um pedido que tem sido frequentemente repetido pelas autoridades da Ucrânia.
A garantia do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) foi dada poucos dias antes de uma nova reunião, agendada para 20 de janeiro, dos países ocidentais que fornecem ajuda à Ucrânia, que irá decorrer na base norte-americana de Ramstein, na Alemanha.
Os Estados ocidentais têm-se mostrado reticentes em entregar armamento mais pesado à Ucrânia, alegando terem receio de serem arrastados para a guerra ou de provocar a Rússia.
Ainda assim, a gama de armas que têm fornecido à Ucrânia alargou-se recentemente.
No início do mês, França, Alemanha e Estados Unidos prometeram enviar veículos blindados com tanques de infantaria ou de reconhecimento – 40 Marders alemães, 50 Bradleys norte-americanos e AMX-10 RC franceses.
O Reino Unido anunciou no sábado que vai entregar tanques Challenger 2 à Ucrânia, tornando-se assim no primeiro país a fornecer tanques pesados de construção ocidental a Kiev.
Moscovo denunciou que a decisão não vai mudar a situação no terreno, assegurando que a única consequência será a escalada do conflito.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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