“Numa sociedade civilizada, em que damos valor à vida humana e à dignidade da pessoa humana, não nos faz sentido que existam discriminações e, até, voltarmos a tempos em que acabamos por ter, de alguma forma, alguma perseguição a quem está a receber o RSI”, afirmou.
Inês Sousa Real falava aos jornalistas, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, no final de uma reunião com as fundadoras da Coolabora, uma cooperativa que apoia vítimas de violência doméstica e crianças em situação de vulnerabilidade.
A também deputada ficou a conhecer os projetos e iniciativas, assim como as dificuldades, da Coolabora, que tem 14 anos de existência e presta apoio nos concelhos de Belmonte e do Fundão, além do da Covilhã.
Apontando as críticas ao partido Chega, sem nunca o referir, a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) sublinhou que “o RSI representa apenas 1% da despesa da Segurança Social”, pelo que não percebe tanta incómodo.
“Se queremos combater a pobreza, precisamos de aumentar os apoios sociais e as prestações sociais e não me parece minimamente razoável que pessoas, até com responsabilidades políticas, façam afirmações que são racistas e xenófobas”, realçou.
Já o PAN, destacou Inês Sousa Real, tem “outra visão” e propõe “corrigir e reparar o elevador social”, com o aumento do ordenado mínimo nacional, das pensões de reforma e dos apoios sociais, entre outras medidas.
“É importante que as pessoas, por mais que se sintam frustradas com as políticas do bloco central, porque nem PS, nem PSD, têm dado resposta a estas necessidades, percebam que há forças do espetro democrático, como é o PAN, que tem trazido propostas”, acrescentou.
Após a reunião com esta cooperativa, com sede no ‘coração’ da cidade serrana, a líder do PAN percorreu algumas ruas do centro da Covilhã, onde contactou com a população e distribuiu panfletos com as propostas do partido.
Quando passava pelos cafés da Praça do Município, Inês Sousa Real foi alertada por um transeunte para um cartaz do PAN que foi tapado, ao contrário de outros.
Vítor Morgado lamentou a desigualdade por ter sido tapado o cartaz do PAN e os outros não, apesar de também estarem afixados perto do edifício da Câmara da Covilhã, onde decorre a voto antecipado em mobilidade.
“A propaganda política pode estar afixada hoje, não pode é estar no dia 30. Se taparam, taparam mal. Ainda bem que nos alertou”, disse a também deputada, agradecendo o alerta e prometendo “enviar um ‘email’ à câmara”.
Depois de receber um panfleto do PAN, Vítor Morgado, admitiu que até poderá votar no partido de Inês Sousa Real, considerando que “são uma força política que faz falta no parlamento”.
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