Jorge Mario Bergoglio seguiu na cabina do "papamobile", em vez de ir na parte de trás, destapada, em que chegou, acenando aos milhares de peregrinos que assistiram à cerimónia, empunhando velas.
O Papa Francisco chegou à Casa de Nossa Senhora do Carmo às 22:30, tendo sido recebido com aplausos, assim que a viatura que o transportava se tornou visível para algumas dezenas de peregrinos que o aguardavam.
Contudo, o Papa viajava no interior da viatura, a qual era seguida por vários elementos da sua comitiva, que andavam em passo acelerado.
O Papa entrou depois no interior da Casa de Nossa Senhora do Carmo, ouvindo-se ainda alguns “vivas” da parte dos peregrinos, que empunhavam velas e telemóveis.
Ao aperceberem-se que o Papa não ia saudar os peregrinos, estes refrearam o entusiasmo para logo em seguida comentarem entre si que era natural, pois “ele está muito cansado”.
Antes, o Papa Francisco participou na cerimónia de bênção das velas no Santuário de Fátima. Na ocasião, Francisco lembrou “cada um dos deserdados e infelizes a quem roubaram o presente” e os “excluídos e abandonados a quem negam o futuro”.
Na cerimónia, na Capelinha das Aparições, Francisco pediu também a bênção para os “órfãos e injustiçados a quem não se permite ter um passado”.
Perante milhares de peregrinos que assinalam o Centenário das Aparições, e na véspera da canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, o Papa interpelou diretamente os fiéis, questionando-os sobre com qual “Maria” peregrinam.
“A Bendita por ter acreditado (…) ou (…) a ‘Santinha’ a quem se recorre para obter favores a baixo preço?”, questionou o Bispo de Roma, para quem os cristãos devem ser, antes de mais, “marianos”.
Na sua intervenção, o Papa Francisco fez, ainda, uma exortação à necessidade de os católicos serem misericordiosos.
“Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia”, disse Francisco perante uma multidão de peregrinos de velas acesas nas mãos.
Para sábado, está prevista a cerimónia de canonização dos dois pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.
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