Ao semanário católico belga Tertio, Francisco afirmou que a exortação "A Alegria no Amor" (2016), que contém aquela decisão, resultou de dois encontros de bispos.
"É interessante que tudo o que (o documento) contém foi aprovado durante o Sínodo, por mais de dois terços dos padres. E isto é uma garantia", afirmou.
Católicos conservadores manifestaram a preocupação de que a decisão de Francisco, de dar a comunhão a católicos que se voltaram a casar pelo civil, semeie a confusão entre os fiéis, uma vez que a Igreja considera o casamento indissolúvel.
O debate foi alimentado pela recente publicação de um documento de quatro cardeais conservadores, no qual pedem a Francisco para esclarecer a sua posição.
Na exortação, o papa indica "o caminho do discernimento", ou seja, um padre deve identificar caso a caso "as situações irregulares", como um casal de divorciados recasados, para que sejam readmitidos nos sacramentos.
"É importante que os divorciados que vivem uma nova união sintam que fazem parte da Igreja, que 'não estão excomungados', e não são tratados como tal, porque sempre integram a comunhão eclesiástica", defendeu Francisco.
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