Para já, a cidade de Naukundi, na província do Baluchistão, fronteiriça com o Afeganistão, já alcançou esta temperatura, a meio da tarde de hoje.

No comunicado citado pela estação televisiva Aaj, o Departamento de Meteorologia do Paquistão avisa que as temperaturas elevadas prosseguirão durante sábado e boa parte de domingo, alertando igualmente para a aproximação de um sistema ciclónico, também na fronteira com o Afeganistão, ao longo da próxima semana.

“Espera-se que as temperaturas em Guilguite-Baltistão e Khyber Pakhtunkhwa oscilem entre 4º e 6º acima do normal, seguidas de um sistema de precipitação durante a semana seguinte”, lê-se na nota.

Este mês, a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) apelou para uma “ação global e urgente” para combater os devastadores efeitos das vagas de calor no Paquistão, um país que considera estar no epicentro da crise climática e cuja população mais vulnerável está completamente desprotegida.

“O Paquistão está na linha da frente da crise climática. A injustiça climática está a tornar-se evidente. Apesar da sua escassa contribuição para as alterações climáticas, a população enfrenta consequências desproporcionalmente graves, que muitas vezes põem vidas em perigo”, lamentou a diretora regional da AI para a Ásia Meridional, Dinushika Dissanayake.

A Amnistia apelou também ao Governo paquistanês para que elabore “planos de ação abrangentes contra o calor” que “sejam consistentes com a legislação e as normas de direitos humanos” e dediquem especial atenção aos mais vulneráveis.