“Desafio-vos a apresentarem as vossas moções de censura, e posso garantir-vos que, independentemente dos fundamentos, a nossa posição será então a mesma de hoje, pelo fim do Governo e pela devolução da voz aos portugueses em eleições já a 26 de maio”, afirmou Assunção Cristas na abertura do debate da moção de censura do CDS, no parlamento.
Quem, à esquerda, “critica esta moção de censura”, Cristas pediu que fosse consistente e pediu, ao PCP e ao BE, para se deixarem “de habilidades”.
“Assumam que continuam a apoiar o Governo – e então poupem-nos à desfaçatez de quererem ser ao mesmo tempo Governo e oposição – ou tenham estatura e votem esta moção de censura”, desafiou.
E se não concordam com os fundamentos da moção de censura hoje em debate no parlamento, então que “tenham coragem” e apresentem as suas próprias moções de censura que, prometeu, terão o apoio da bancada do CDS.
A líder dos centristas foi à história das 32 moções de censura na democracia portuguesa para tentar rebater a ideia de que hoje apresentou o texto por questões táticas, dado que a maioria delas foram a “afirmação de uma posição política contra os vários Governos”.
Depois de recordar que apenas uma levou à queda de um Governo, em 1985, acusou quem a critica, como PS, PCP e BE, de hipocrisia por atribuir outras intenções à sua.
E terminou a primeira parte do discurso a reclamar para o seu partido o protagonismo, sem nunca se referir ao PSD, com a frase: “Ainda bem que há o CDS para fazer oposição”.
“Ainda bem que há o CDS para usar todos os instrumentos parlamentares ao dispor da oposição! Com sentido de dever, com frontalidade, com coragem, sem medo da crítica”, disse.
Comentários