Os sete deputados que abandonam o grupo parlamentar do partido A República Em Marcha (LREM) vão manter-se como militantes, mas juntam-se a outro grupo parlamentar, do partido Agir, liderado pelo ministro da Cultura, Frank Riester.
Com a entrada dos deputados do LREM, que se juntam aos 10 do Agir, o grupo passa a chamar-se Agir Em Conjunto (Agir Ensemble).
Esta é a segunda cisão no En Marche numa semana, depois de, a 19 de maio, sete deputados da ala esquerda e ambientalista do partido se terem juntado ao novo grupo parlamentar Ecologia Democracia Solidariedade (EDS).
Com a nova cisão, o LREM fica a oito deputados da maioria absoluta (289) na Assembleia Nacional de França, a câmara baixa do parlamento, que tem mais poder que o Senado.
Analistas avançaram nos últimos dias que o primeiro-ministro, Édouard Philippe, estava por detrás desta nova cisão, numa tentativa de mostrar força política numa altura em que Macron se prepararia para o substituir.
Mas Édouard Philippe negou, numa reunião parlamentar, qualquer associação ao sucedido.
Entre os membros do novo grupo figura a deputada Agnès Firmin-Le Bodo, considerada próxima do primeiro-ministro, a quem sucedeu na câmara municipal de Le Havre.
“Somos um partido que vai apoiar de forma clara o Presidente, sem ambiguidade, mas de forma vigilante”, disse a deputada à agência EFE, precisando que o grupo é de “centro-direita” e que rompeu com os centristas porque estes “não eram claros” no apoio ao Governo.
Também integra o grupo a deputada Valérie Petit, igualmente próxima de Édouard Philippe, que acusa Macron de “não ouvir as propostas liberais que foram decisivas para a sua vitória” eleitoral.
Petit, também ouvida pela EFE, afirma que a saída do LREM visa consolidar a ala mais à direita do “macronismo” , mas assegura que o grupo será leal ao Presidente.
Emmanuel Macron deverá contar com o apoio deste novo grupo para a aprovação de legislação, assim como com os 46 centristas do Modem, com quem tem uma aliança de governo e com os quais supera confortavelmente a maioria absoluta.
Comentários