Chama-se Paxlovid, é produzido pela Pfizer e pode ser tomado por pacientes com mais de 12 anos infetados com Covid-19. Foi ontem aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a entidade que regula os medicamentos nos Estados Unidos e permite tratar os sintomas de Covid-19, em casa e não no hospital. O comprimido funciona ao bloquear a atividade de um enzima específico que o coronavírus precisa para se replicar no organismo infetado.

A FDA anunciou a decisão em comunicado no qual especifica que o medicamento pode ser usado para casos moderados da covid-19 em adultos e crianças menores de 12 anos e pelo menos com 40 quilos de peso e cuja saúde os coloquem em perigo de ser hospitalizados.

O comprimido é também recomendado para pacientes com maior risco de hospitalização, nos cinco dias após contraírem a infeção. Deve ser tomado duas vezes ao dia durante cerca de cinco dias, detalha o FDA no comunicado.

A expetativa dos especialistas é que esta medicação torne a ida às urgências desnecessária ou pelo menos a reduza significativamente. Segundo dados partilhados pela Pfizer, o medicamento reduz o risco de hospitalização e morte em 88% nas pessoas mais vulneráveis ou não-vacinadas.

O medicamento mostrou ser também eficaz no contexto da variante Omicron, o que torna a sua aprovação especialmente relevante na atual vaga de Covid-19.

A par com o comprimido da Pfizer agora aprovado deverá ser também em breve autorizado um medicamento idêntico produzido pela Merck. Nenhum é uma alternativa às vacinas – o objetivo aqui é tratar sintomas e não prevenir a doença.

Segundo os testes realizados pela Pfizer, nomeadamente um que envolveu 2200 pessoas não vacinadas, mostraram que apenas 0,7% dos pacientes que receberam Paxlovid foram hospitalizados nos 28 dias a seguir a terem integrado o ensaio e nenhum morreu; ao inverso, 6,5% das pessoas, que receberam um placebo em vez dos medicamento, foram internadas.

Num outro grupo de testes, com pessoas vacinadas mas com fator de risco associado a outra doença e não vacinadas mas sem fator de risco adicional, os resultados foram também animadores: em 662 voluntários, a toma oral do medicamento  reduziu a hospitalização e risco de morte em 70%.

A Pfizer afirma que está pronta para começar imediatamente a distribuir os seus comprimidos e aumentou a sua produção de 80 para 120 milhões no próximo ano, mas a capacidade de produção terá de ser ainda mais acelerada para que o novo medicamento possa ser mesmo um fator de mudança no curso da pandemia.

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