“Aquilo que nós propomos é que haja uma intervenção imediata do governo na empresa para assegurar o pagamento atempado de todos os salários, avalizar o empréstimo necessário para restabelecer o equilíbrio financeiro da empresa e proceder à nacionalização, para garantir a estabilidade de uma empresa e de um setor de uma importância estratégica para a aviação civil e o seu desenvolvimento”, declarou hoje o deputado comunista Bruno Dias, em conferência de imprensa na Assembleia da República.
Para o grupo parlamentar comunista, esta “não é, nem pode ser vista, como uma atividade negligenciável ou dispensável no contexto da aviação civil”, apontando que, além da empresa, também são “indispensáveis os trabalhadores”.
“Nesse sentido, tendo em conta as gravíssimas ameaças que pendem atualmente sobre a empresa SPdH Groundforce e os seus trabalhadores, é inaceitável que os seus trabalhadores continuem a ser colocados como arma de arremesso e a ser colocados perante o ataque aos direitos e os salários em atraso”, defendeu o deputado.
Considerando que “é da máxima urgência uma intervenção concreta e decidida por parte do governo português”, o PCP avança com este projeto de resolução para “colocar em cima da mesa a extrema necessidade desta intervenção” mas avisa que o executivo não tem de “ficar à espera” do debate da iniciativa para agir.
“É importante sublinhar que a SPdH Groundforce só irá encerrar se o governo assim o entender”, sublinhou o deputado comunista.
Bruno Dias argumentou que “tal como ficou demonstrado que, se a TAP não viesse para a esfera pública hoje já não existiria, se a Groundforce não vier de facto para a esfera pública e não for intervencionada, ela de facto não existirá”.
“Esta iniciativa do PCP é, desde já, um contributo objetivo e construtivo para, no plano político, sinalizar e sublinhar a extrema importância de uma ação com a máxima urgência por parte do governo português”, rematou.
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