A questão foi colocada pela deputada Diana Ferreira numa declaração política, na Assembleia da República, em Lisboa, pela “efetiva valorização das longas carreiras contributivas” para quem trabalhou 40 ou mais anos, independentemente da idade.

O PCP quer “levar mais longe as respostas” para as “longas carreiras contributivas” por forma “a abranger mais trabalhadores, em melhores condições e fazendo justiça a todos os que trabalham ou trabalharam tantos e tantos anos e merecem ver o seu trabalho e a sua carreira contributiva devidamente valorizados”.

“Um caminho que o PCP não abandonará”, prometeu.

Já no período de debate, o deputado Tiago Barbosa Ribeiro, do PS, partido do Governo, questionou Diana Ferreira se as decisões do Executivo nos últimos três anos não dariam garantias de que os compromissos seriam cumpridos por parte dos socialistas, mas sem dar qualquer sinal sobre o que irá acontecer.

Da parte de Diana Ferreira, ouviu, em resposta, uma frase já usada: “Os passos já dados foram positivos, mas são insuficientes.”

A própria deputada do PCP lembrou o que já avançou neste dossiê, como a publicação do diploma, há três dias, que “alarga o acesso à reforma antecipada sem penalizações para trabalhadores com 46 anos ou mais de descontos que tenham começado a descontar com 16 anos ou menos”.

Este diploma, recordou, já foi publicado com atraso, segundo “o compromisso inicialmente assumido pelo Governo do PS”.

O PCP, afirmou, não desistirá de “ir mais longe” e vai insistir na valorização das longas carreiras, “defendendo a reforma sem penalizações para todos os trabalhadores com 40 ou mais anos de descontos, independentemente da idade”.

Na agenda dos comunistas está ainda a revogação do fator de sustentabilidade e a reposição da idade legal de reforma aos 65 anos e a exigência de respostas para os trabalhadores no desemprego de longa duração.