1. Volta-se a quebrar o recorde na perda global de gelo
Um novo estudo mostra que a perda global de gelo está a acelerar a um ritmo recorde, colocando o mundo a caminho de um dos piores cenários descritos no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2018, a maior autoridade mundial a nível climático.
A perda de gelo, especialmente das camadas de gelo da Gronelândia e da Antártica, foi igual a 28 triliões de toneladas de 1994 a 2017 - o suficiente para cobrir todo o Reino Unido com uma camada de gelo de 100 metros de espessura. De acordo com um investigador líder do estudo, “o aumento do nível do mar nesta escala terá impactos muito sérios nas comunidades costeiras ainda neste século”.
Para ler na íntegra em The Guardian
2. Gestão de ativos BlackRock ameaça vender ações dos piores poluidores ambientais
O êxodo financeiro dos combustíveis fósseis para energias limpas continuou esta semana com dois grandes desenvolvimentos. A BlackRock, a maior administradora de fundos de investimento do mundo, com um total de 8,7 biliões de dólares em ativos (aproximadamente 7, 1 biliões de euros), está a ameaçar vender as ações de empresas que não estejam a cumprir com a promessa de alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
Para ler na íntegra em The Guardian
3. Uma costa em erosão e subidas das marés estão a colocar agricultores da Guiana em risco
À medida que o nível do mar sobe, a população costeira do país sul-americano enfrenta desafios sem precedentes. Noventa por cento da população da Guiana vive perto do mar, uma vez que o país tem uma costa atlântica que se estende por 360 km, o que o torna potencial vítima de inundações costeiras.
As inundações resultaram na salinização do solo, impossibilitando o desenvolvimento da vegetação. Onde antes havia faixas de terreno verde, com plantações, há agora um terreno castanho e ácido.
Num relatório recente, o gabinete de Mudanças Climáticas da Guiana afirmou que, em novembro-fevereiro e junho-julho nos últimos cinco anos (2015-2020), as marés vivas foram superiores à média.
Para ler na íntegra em Climate Tracker
4. Acompanhe o desenvolvimento legislativo ambiental de Biden
O Deregulation Tracker (rastreador de desregulamentações, em português), administrado pela Columbia Law School e pelo Columbia University Earth Institute, foi renomeado como Reregulation Tracker (rastreador de re-regulamentações).
Anteriormente acompanhava as políticas e regulamentações ambientais revertidas pela administração de Trump. Agora, regista as políticas reinstituídas pela administração Biden, bem como novas políticas e regulamentações.
Para ver na íntegra aqui
Por cá: Projeto para combater alterações climáticas em oito concelhos do Baixo Alentejo
Um projeto de combate às alterações climáticas vai ser desenvolvido em oito concelhos do distrito de Beja, numa parceria entre a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e a Empresa do Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Designado “Viver o Clima no Baixo Alentejo”, o projeto integra o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Baixo Alentejo (PIAACBA) da CIMBAL e vai decorrer ao longo do ano nos concelhos de Aljustrel, Alvito, Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Moura, Serpa e Vidigueira.
A iniciativa representa um investimento na ordem dos 200 mil euros e é comparticipada em 85% pelo programa EEA Grants, através do qual Islândia, Liechtenstein e Noruega apoiam financeiramente os Estados membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, onde se inclui Portugal.
Os restantes 15% relativos à comparticipação nacional serão assumidos pela EDIA..
Entre as medidas previstas estão a recuperação e instalação de sebes, “de forma a proporcionar diversidade florística e faunística nos ecossistemas”, assim como “envolver municípios e proprietários” numa “correta gestão, de forma a garantir a conservação de espécies ameaçadas de flora arvense e de matos”, explica o presidente do conselho intermunicipal da CIMBAL, Jorge Rosa.
Segundo Jorge Rosa, que é também presidente da Câmara de Mértola, estas medidas apresentam “inúmeros benefícios ambientais, sociais e económicos”, nomeadamente porque atuam como sumidouros de carbono e melhoram a qualidade do ar e da água.
No fundo, observou, “são ações muito operativas no terreno” e “um poderoso meio de combate às alterações climáticas”, que “deve ser trabalhado diretamente nos territórios pelas entidades que lá estão”.
“Se não conseguirmos mitigá-las, diminuindo a sua intensidade, esta desertificação e erosão do território vai continuar por aí acima”, salientou.
Edição e seleção por Larissa Silva
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