“Nuclear, não obrigado”, um velho ‘slogan’ ecologista, e “É urgente encerrar Almaraz” são duas palavras de ordem do protesto marcado pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), dias depois de dois incidentes na central que fica a 110 quilómetros em linha recta da fronteira portuguesa.
Esta “ação de protesto” acontece depois de “mais dois incidentes, em cinco dias, na central nuclear de Almaraz” e “pouco mais de um mês depois do Conselho de Segurança Nuclear Espanhol ter dado um parecer favorável ao prolongamento” do seu funcionamento.
Na segunda-feira, o PEV pediu a audição urgente do ministro do Ambiente no parlamento para dar esclarecimentos sobre o incidente de sábado na central nuclear de Almaraz, em Espanha.
No pedido do PEV para ouvir João Pedro Matos Fernandes, feito através um requerimento entregue na Assembleia da República, argumenta-se que o incidente de sábado e outro anterior, em 22 de junho, que levaram à paragem de reatores, "confirmam que esta central está obsoleta e representa um perigo enorme" para Portugal.
Portugal e Espanha reabrem na quarta-feira a sua fronteira terrestre, após três meses de encerramento devido à pandemia de covid-19, numa cerimónia que se vai realizar entre Badajoz e Elvas com a presença do rei de Espanha, Filipe VI, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com os primeiros-ministros dos dois países ibéricos.
A central de Almaraz está situada junto ao rio Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.
Em operação desde 1981 (operação comercial desde 1983), a central está implantada numa zona de risco sísmico e apenas a 110 quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.
Os proprietários da central de Almaraz são a Iberdrola (53%), a Endesa (36%) e a Naturgy (11%).
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