O investimento de 102 milhões de euros, a aplicar entre 2021 e 2030, visa, de acordo com o PNI, “criar condições para que a Via Navegável do Douro seja uma via de excelência, fluida e leve, indutora de criação de valor e desenvolvimento sustentável, integrada na Rede Logística e do Turismo da fachada Atlântica da Península Ibérica”.

O projeto tem como objetivo “melhorar as condições de navegabilidade, de segurança e de desempenho operacional através da implementação da fase três da Via Navegável do Douro 2020 - Douro's Inland Waterway 2020, que inclui sinalização a montante do estuário, a reabilitação das cinco eclusas e do cais de espera das mesmas e a correção do canal navegável do rio Douro nos troços Cotas-Valeira e Saião-Pocinho.

De acordo com o PNI, pretende-se ainda “desenvolver as infraestruturas portuárias mediante a reabilitação dos cais acostáveis e da criação de novas estruturas de apoio ao movimento de passageiros, mercadorias e outros recursos, visando dar resposta ao crescente movimento de passageiros e ao potencial crescimento de movimentação de mercadoria”.

O projeto prevê também um 'upgrade' do sistema de comunicações - River Information Service (RIS)- para reforçar a segurança nesta via.

Trata-se de um investimento "público tradicional" que será executado também com recurso "à iniciativa privada".

Em julho de 2015, quando a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) apresentou o Via Navegável do Douro (VND) – Douro’s Inland Waterway 2020, salientou que o projeto tinha como objetivo “potenciar o transporte de mercadorias e permitir que o rio seja utilizado 24 horas por dia”.

O “Douro’s Inland Waterway” pretende transformar o Douro “numa via segura, com boas rotas de navegação comercial, ao nível das melhores autoestradas fluviais da Europa”.

A Via Navegável do Douro, que desce de Barca de Alva até ao Porto, atrai cada vez mais turistas. Em 2017, a via atingiu um máximo histórico com um registo de 1,2 milhões turistas transportados.