
O diplomata egípcio afirmou em conferência de imprensa após o seu encontro com a comissária da União Europeia (UE) para os Assuntos do Mediterrâneo, Dubravka Suica, que este plano será muito mais do que um “plano egípcio, árabe e islâmico”, uma vez que “terá apoio internacional”.
O plano servirá também para combater a ideia lançada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, de expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza para proceder à sua reconstrução.
“Teremos muitas reuniões com os principais países depois de discutir o assunto na cimeira da Liga Árabe na terça-feira, mas também haverá viagens ao estrangeiro para reunir apoio e explicar o plano”, que – esclareceu – “não será apenas um plano egípcio, árabe e islâmico, mas terá apoio internacional para a sua implementação”, disse.
O plano será apresentado aos líderes árabes na terça-feira, mas não será partilhado com outros países estrangeiros até ser aprovado pelos membros do organismo pan-árabe.
O ministro egípcio apelou ainda a Suíça para que a UE pressione Israel e o Hamas a cumprirem as condições do cessar-fogo em Gaza após a primeira fase ter expirado sem acordo sobre a segunda fase.
Referindo-se ao plano do Cairo, Abdelaty disse “significar que os palestinianos permanecerão nas suas terras” e “envolve primeiro trabalhar numa recuperação rápida e depois reconstruir”.
“Pedimos à União Europeia que pressione por um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a importância de todas as partes envolvidas cumprirem os compromissos acordados em relação à libertação de reféns e prisioneiros, bem como permitir a entrada de ajuda humanitária”, disse.
Israel suspendeu hoje a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, depois de a primeira fase de uma trégua com o grupo islâmico Hamas ter expirado após a meia-noite sem que tenha sido alcançado um acordo sobre a segunda fase.
“Não há outra opção senão a implementação total por ambas as partes do que foi assinado em janeiro passado”, disse Abdelati, que insistiu que já existe “um acordo para o cessar-fogo, que tem três fases”, e pediu “que o resto dos compromissos seja cumprido e que sejam iniciadas negociações rápidas para discutir a segunda fase”.
O ministro egípcio disse que também discutiram a solução de dois Estados como a única saída para o conflito e para evitar a repetição dos episódios de violência de Israel.
“O horizonte político deve concentrar-se no direito dos palestinianos a terem o seu próprio Estado, porque isso também trará estabilidade a Israel”, concluiu.
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