“Nenhuma vítima viva declarou ter sido violada, mas temos várias testemunhas em vários casos”, declarou David Katz, chefe da secção cibernética da unidade de polícia criminal de Lahav, depois de ter mostrado à imprensa o testemunho filmado de uma sobrevivente da festa ‘rave’ no Kibutz Reim, que descreve a violação em grupo de uma mulher baleada durante o ataque.

Nesta fase da investigação, que ainda pode demorar “seis a oito meses”, a polícia não avançou um número exato de vítimas.

No entanto, a polícia mostrou à imprensa o testemunho filmado de uma sobrevivente da festa rave no Kibutz Reim.

A sobrevivente, “S”, que foi entrevistada pela polícia, disse que viu “um grupo de mulheres a ser levado por homens armados com uniformes militares”.

“Sei que as violaram”, disse, antes de descrever as mutilações, as violações e as execuções.

“Temos vários testemunhos de pessoas da ZAKA”, a organização especializada na recolha de restos mortais, que foi uma das primeiras a deslocar-se ao local dos massacres e que, segundo as autoridades israelitas, fizeram cerca de 1.200 mortos, na sua maioria civis, acrescentou Katz.

“Também vimos corpos de mulheres que já não tinham calças nem roupa interior”, acrescentou.

Desde o ataque do Hamas em solo israelita, o mais mortífero da história de Israel, o exército judaico tem vindo a bombardear implacavelmente a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, a partir do ar, do mar e de terra.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeamentos mataram mais de 11.000 pessoas, dois terços das quais mulheres e crianças.

Os tanques do exército israelita estão agora a apertar o cerco à cidade de Gaza, em particular aos hospitais, porque acusa o Hamas de aí se esconder.